O 13º já pintou aí na conta? 💰 Segundo a legislação trabalhista, a primeira parcela tem que cair até quinta-feira, 30/11.
Mas como os brasileiros conquistaram essa gratificação anual?
“O 13º salário é um desses casos de reivindicação surgida no chão da fábrica, legitimada nas relações costumeiras entre patrões e empregados em algumas firmas, transformada em lei às custas de greves, demissões, abaixo assinados, prisões e cuja memória é depois ofuscada pelo brilho da lei que supõe-se, como toda lei, deve ter sido iniciativa de algum presidente, deputado ou senador”, escreve o historiador Murilo Leal Pereira Neto.
Em 1962, um ano de inflação em alta e embates aguerridos entre direita e esquerda na política, trabalhadores foram à greve geral 18 dias após o bicampeonato mundial do Brasil na Copa de 1962.
Tudo isso aconteceu sob protestos dos empresários e do mercado financeiro da época, conforme registrou o jornal O Globo, que no dia 26 de abril de 1962 estampou na sua manchete: “Considerado desastroso para o País um 13º mês de salário”.
O desastre não veio e, em 2022, eram 85,5 milhões são beneficiados com o rendimento adicional, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O 13º tem origem na “gratificação de Natal”, uma tradição em países de maioria cristã, onde alguns patrões tinham o costume de presentar seus funcionários com cestas de alimentos na época das festas de fim de ano.
No Brasil, os primeiros registros de greves e demandas pelo abono de Natal são de 1921, na Cia. Paulista de Aniagem e na indústria Mariângela, ambas empresas do setor têxtil.
Mas foi nos anos 1960 que a demanda tomou conta do Brasil. Era um momento de crise econômica no país e do fortalecimento do movimento sindical.
A demana foi atendida em 1962, quando o presidente João Goulart sancionou a Lei 4.090.
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