A guerra na Ucrânia completa dois anos em 24 de fevereiro, e não há razão para acreditar que o conflito vai terminar em breve.
Nem a Ucrânia, nem a Rússia, tampouco os principais aliados de ambos os lados, veem qualquer chance de um acordo de paz no momento.
Kiev está convencida de que suas fronteiras internacionalmente reconhecidas devem ser restabelecidas e que vai expulsar as tropas russas.
Já o posicionamento de Moscou segue sendo de que a Ucrânia não é um país propriamente dito, e as forças russas vão continuar a avançar até que seus objetivos sejam alcançados.
Os violentos combates continuam durante o inverno, custando muitas vidas a ambos os lados.
A linha de frente de combate se estende por 1.000 km — e sua forma mudou pouco desde o outono de 2022.
Poucos meses após a invasão em grande escala, há dois anos, a Ucrânia fez as forças russas recuarem no norte e em torno da capital, Kiev. Retomou ainda grandes partes do território no leste e no sul no fim daquele ano.
Mas, agora, as forças russas estão entrincheiradas com fortificações resistentes, e os ucranianos dizem que sua munição está acabando.
Atualmente, cerca de 18% do território ucraniano permanece sob ocupação russa, incluindo a península da Crimeia, anexada em março de 2014, e grande parte das regiões de Donetsk e Luhansk, no leste, que a Rússia tomou pouco depois.
Dado que nenhum dos lados parece propenso a se render, e que Putin parece determinado a permanecer no poder, as previsões dos analistas tendem a crer em uma guerra prolongada.
O cenário mais provável é de uma guerra de atrito, também conhecida como guerra de exaustão, que se estenderia para além de 2025, com fortes baixas de ambos os lados, e a Ucrânia continuando a depender do fornecimento de armas de aliados.
Outros cenários em potencial, ambos considerados igualmente prováveis, seriam a Ucrânia realizar algum avanço militar, mas nenhum acordo ser alcançado para acabar com a guerra – ou a ajuda dos aliados da Ucrânia diminuir, e eles pressionarem o país a chegar a uma solução negociada.
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Fonte: BBC Brasil
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