Uma pesquisa inédita conduzida pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social) revelou informações mais precisas sobre a riqueza de indivíduos no Brasil.
Com base nos dados mais recentes do Censo Demográfico de 2022 do IBGE, juntamente com a Pnad Contínua e o IRPF, o estudo aponta que o 1% mais rico da população representa pouco mais de 2 milhões de pessoas com renda média mensal de R$27 mil e um patrimônio líquido de R$4,6 milhões, enquanto o 0,1% equivale a 203 mil indivíduos e possuem uma renda média mensal de R$95 mil e um patrimônio líquido de R$26,2 milhões, informou Marcelo Neri, coordenador do estudo.
■ Elite
A pesquisa também incluiu uma elite ainda mais restrita, representando o grupo de 0,01% dos mais endinheirados do país, que é composto por pouco mais de 20 mil brasileiros. Nesse caso, o patrimônio médio por pessoa atinge incríveis R$ 151,5 milhões.
Os dados anteriores fornecidos pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua) subestimavam significativamente a renda desses grupos. Indicavam que o 1% mais rico do país teria renda média pessoal de R$ 16 mil por mês, enquanto o 0,1% mais rico ganharia cerca de R$ 31 mil mensais.
No entanto, ao unir os dados da Pnad Contínua com as informações do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), o FGV Social obteve números mais precisos.
Esses novos dados oferecem uma perspectiva mais clara e realista sobre a riqueza concentrada no país, mostrando a disparidade entre diferentes estratos sociais, tendo em vista que todos os indivíduos mencionados são apenas 2,2 milhões de um total de 203 milhões de habitantes no país.
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