O governo brasileiro suspendeu, temporariamente, a partir desta quinta-feira (23), as exportações de carne bovina para seu principal cliente, China, após a confirmação de um caso de Mal da Vaca Louca. O animal diagnosticado com a doença tinha nove anos e estava em uma pequena propriedade em Marabá, no estado do Pará.
O Brasil seguiu um protocolo de 2015 assinado pelos dois países que para temporariamente as vendas quando ocorrem novos casos da doença.
A doença é causada por um príon, molécula de proteína sem código genético, o mal da vaca louca é uma doença degenerativa também chamada de encefalite espongiforme bovina. As proteínas modificadas consomem o cérebro do animal, tornando-o comparável a uma esponja.
De acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Favaro, a doença provavelmente é atípica e que nessas condições, não há risco para a população comer carne bovina, uma vez que os casos atípicos não são transmissíveis. "Eu posso garantir, que a população brasileira não se preocupe com relação ao consumo de carne bovina", completou.
O ministro ressaltou que o Brasil não possui capacidade laboratorial para determinar a tipologia da doença, e que é necessário aguardar a contraprova realizada no Canadá para confirmar se o caso é realmente atípico.
No ano passado, o Brasil enfrentou uma suspensão nas exportações de carne bovina para a China por mais de 100 dias devido à comunicação de dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina em Nova Canaã do Norte (MT) e Belo Horizonte (MG).
Durante a suspensão, o Ministério da Agricultura enviou dados às autoridades chinesas para análise do risco, e as vendas só foram liberadas meses depois.
Comentários
Postar um comentário